Nascido Johnny Allen Hendrix, a 27 de novembro de 1942, sua verve musical transgressora ao extremo consolidou uma das exponenciais vertentes da sublevação artística - cultural - filosófica - conceitual - etérea da Contracultura dos anos 60/70...
Os alicerces axiais na historicidade
humana, sendo os proeminentes pilares de
nossa existência - a Arte e a Fé, foram transcritos de maneira peculiar,
distinta, unívoca na Obra Hendrixiana... Manifestando um Gênio Artístico
Indomável, Hendrix se sacramentou como um dos expoentes da insurgente Geração
Hipster no final dos anos 60... Hendrix e sua geração que almejavam e
acreditavam em uma amplitude ascensional de um Novo Mundo libertário, mais
justo, menos sangrento, sem guerra, com menos dor, subvertendo a segregação
étnica - política - religiosa - menos
desigual...
Prorrompendo em sua arte a plenipotência
psicodélica que fundamentou todo o arquétipo transgressor do Rock
emergente, preconizava o Amor e a Paz -
ideais natimortos em meio aos eternais biomas belicistas, sectaristas,
intolerantes imanentes à antinomia auto - destrutiva humana, aparentemente
incessante e irrefreável...
A Guitarra Amaldiçoada Hendrixiana evocava
infernos fractais de um continuum cáotico expressando a sua existência
atormentada; manifestando em sua musicalidade o inadiável improviso da arte da
sobrevivência nas ruas, nos guetos, sedimentada no sofrimento, nas esquinas em
que muitas vezes adormecia abraçado a suas inseparáveis Fenders, distensões de
sua alma... Tudo isto antes da fama, antes de assinar o contrato demoníaco que
o destruiria - documento que lhe reservava apenas 20% dos Royalties e Direitos
sobre suas composições, discos e shows - a Propriedade Intelectual sobre sua
Obra só seria restituída à sua família muitos anos após a sua morte - datada de
18 de setembro de 1970.
Esta é a homenagem a Jimi Hendrix, uma de minhas maiores inspirações... Eternizado por uma existência tão efêmera
quanto libertária, engenhosa, emblemática... Meus parabéns a Jimi Hendrix,
maior Guitarrista de todos os tempos. E Muito Obrigado por tudo...
JOÃO OLMEDO